Data driven marketing: o que significa e como pode melhorar os resultados de um negócio?

O data driven marketing pode ser um grande auxiliar para o sucesso da empresa porque parte de um planejamento feito a partir da análise de dados sobre o negócio

O data driven marketing é uma tendência atual, que visa criar conteúdo baseado em dados para ser mais assertivo na relação com o público. Por isso, é importante conhecer esse conceito e como começar a aplicar para obter os seus benefícios.

O que é data driven marketing?

Data driven marketing na tradução significa marketing orientado por dados, ou seja, se baseia em informações sobre o negócio para planejar a estratégia. Para tanto, utiliza-se os registros obtidos a partir das interações de clientes para entender sobre:

  • comportamentos;
  • hábitos de consumo;
  • preferências.

Com isso, é possível personalizar a jornada do cliente, de forma a atingir a conversão da venda e a partir daí fidelizá-lo para que se torne um consumidor recorrente. Portanto, essa estratégia pode ter um bom impacto nas receitas da empresa quando bem aplicada.

Quando o data drive marketing surgiu?

A partir do uso mais amplo da internet, bem como, a aplicação de ferramentas como o CRM para gestão de clientes, esse tipo de técnica se tornou possível. Afinal, esses recursos possibilitam armazenar bancos de dados repletos de informação sobre os clientes.

Com a necessidade de tornar a publicidade mais eficaz, viu-se ali uma boa oportunidade de conhecer mais sobre o cliente que se busca atingir. Com o passar dos anos, as técnicas de análises de dados se tornaram cada vez mais precisas. 

É possível, inclusive, fazer análises preditivas do mercado, de acordo com hábitos de consumo de determinado grupo de pessoas. Portanto, essa passou a ser uma área estratégica dentro de qualquer negócio.

O data driven marketing se baseia em registros de atividades dos usuários para entender o público. Imagem de Pixabay no Pexels

Por que usar o data driven marketing?

O uso do data driven marketing permite ter um maior grau de acerto ao definir uma estratégia para uma campanha. Dessa forma, é possível reduzir os custos e aumentar o ROI (retorno sobre investimento).

Uma pesquisa da Invesp, por exemplo, apurou que mais de 83% dos profissionais do marketing que aplicaram essa técnica tiveram ganhos em suas metas de receita. Aliás, conseguiram ampliar o seu ROI em até oito vezes.

Adequação do público

Outra vantagem em aplicar o data driven marketing é a possibilidade de direcionar anúncios para o público que tem o perfil de cliente ideal. Assim, em um primeiro momento é preciso analisar as características das pessoas que chegam até sua página.

Com isso, pode-se verificar se está atraindo o público certo, ou ainda conhecer melhor os detalhes desses clientes em potencial. Isso vai ajudar na criação de abordagens cada vez mais assertivas. 

Aplicar técnicas como a segmentação psicográfica permite personalizar um tipo de anúncio para os indivíduos que atendem a alguns requisitos. 

Por exemplo, você pode criar uma campanha que explore as características de um signo e direcionar às pessoas que nasceram dentro daquele período do ano.

Com isso, ao espectador parecerá como uma mera coincidência, porém o uso de dados é o que permite esse tipo de abordagem.

Como aplicar o data driven marketing?

Para colocar em prática o data driven marketing é preciso definir os objetivos, bem como, utilizar ferramentas de automação que facilitem a gestão dos dados. 

Fora isso, será necessário contar com a colaboração de todas as equipes para fornecer informações fiéis, além de adotar ações para evitar a perda de dados. A seguir, confira um guia em cinco passos básicos para organizar essa estratégia.

1 – Definir objetivos

Saber quais as metas para o negócio é importante ao implementar o data drive marketing porque vai ajudar a definir quais os tipos de dados necessários para análise. 

Nesse ponto, será preciso escolher as métricas que irá verificar e vincular esses KPIs para acompanhar a evolução após colocar as ações de marketing em prática.

Para aplicar o data driven marketing é preciso saber quais as metas da empresa para saber em quais indicadores focar. Imagem de Karolina Grabowska no Pexels

2 – Automação

Um segundo passo é utilizar ferramentas de automação de marketing, que são essenciais para facilitar o acesso aos dados. Afinal, tais recursos permitem gerar relatórios com indicadores diversos conforme o que precisa visualizar.

3 – Integração das equipes

Para que a estratégia tenha êxito é crucial contar com o auxílio de todas as áreas, não apenas a de marketing. Isso porque, são elas que poderão fornecer os registros reais para compor o banco de dados que se vai analisar. 

Setores como o de vendas e suporte, por exemplo, que têm contato direto com o cliente podem inserir registros sobre o último contato, e completar o cadastro com maior nível de detalhe. 

Diante disso, é essencial deixar claro a todos a importância dessa medida, para que se empenhem em manter as bases sempre o mais fiéis à realidade.

4 – Analise os dados

Depois de definir quais dados analisar e obter o material, chega-se ao momento mais importante dentro do data driven marketing que é a análise de dados. A partir deles, é possível identificar possíveis pontos de melhoria e novas oportunidades.

Alguns pontos que valem a pena observar com mais atenção, para ajudar a definir as ações para se relacionar melhor com os clientes e obter mais vendas:

  • distribuição geográfica dos clientes;
  • faixa etária;
  • proporção entre novos leads e conversões;
  • número de clientes ativos.

Ao colocar uma nova ação de marketing essa análise deve ser recorrente, para poder medir os resultados e se necessário ajustar algum ponto caso não tenha sucesso.

5 – Adote medidas de segurança da informação

Com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas que mantém informações sobre os clientes devem adotar medidas de segurança para evitar que esses dados sejam roubados.

Nesse contexto, é de extrema importância contar com um sistema de proteção contra invasões externas, além de conscientizar as equipes sobre as boas práticas no tratamento de dados. Entre os cuidados necessários para se adequar à lei estão:

  • deixar claro ao consumidor quais dados estão sendo captados e o seu uso;
  • efetuar a exclusão a pedido do cliente;
  • não ceder os dados a terceiros sem autorização;
  • comunicar em caso de qualquer problema com exposição de informações.

Tais medidas são vitais para evitar que a empresa possa vir a responder em razão do mau uso dos dados coletados de seus clientes.

Quais são os desafios para o data driven marketing?

Entre os principais entraves para aplicar o data driven marketing está a dificuldade em organizar as informações. Por isso, antes de iniciar com essa estratégia é preciso passar por um primeiro passo de integração entre os sistemas das diversas áreas.

É comum que em muitas empresas não haja interação entre as equipes e cada uma faça os registros das atividades de uma forma. Essa ausência de padronização dificulta o trabalho no momento de cruzar informações.

Outro cuidado importante é saber quais dados são essenciais sobre o cliente, para não bombardeá-lo com muitas perguntas ou formulários extensos. Além disso, com a vigência da LGPD o ideal é se ater apenas ao que é relevante para a atividade.

Trabalhar com dados exige esforço

Iniciar o data driven marketing exige um trabalho intenso no início, sobretudo para entender todos os indicadores e saber como eles se relacionam. No entanto, após esse começo, ele pode render uma melhoria expressiva nos resultados. 

Os dados dão uma visão ampla sobre a situação do negócio, tal como um raio X de toda a atividade. Assim, dão mais segurança ao planejar as ações futuras e permitem acompanhar cada passo.

Integrar as equipes é um passo essencial para o data driven marketing. Imagem de Karolina Grabowska no Pexels

Quais ferramentas são necessárias para o data driven marketing?

Para aplicar o data driven marketing algumas ferramentas de análise de desempenho e gestão interna podem ser úteis. Afinal, é por meio delas que se poderá obter os dados necessários para analisar e definir os objetivos e campanhas.

Na sequência, confira algumas sugestões de recursos para utilizar, entre opções gratuitas e pagas, de acordo com a necessidade de cada negócio.

Google Analytics

A ferramenta de análise do Google permite visualizar todos os dados relativos aos acessos de visitantes à sua página, tais como:

  • origem do usuário, ou seja, se veio pela pesquisa orgânica ou anúncios;
  • dados demográficos;
  • páginas com mais acessos;
  • tempo de visitação em cada endereço.

Com esses registros, é possível verificar como as ações de marketing digital que já estão em uso estão performando e assim passar a aplicar a inteligência de dados para melhorar.

Semrush

Esse é um recurso pago, mas que fornece uma análise ainda mais profunda sobre uma página na web, uma vez que é possível estabelecer comparativos com sites concorrentes.

Fora isso, ainda fornece dados sobre os hábitos e índices de pesquisas por palavras-chave, o que ajuda a compreender como se comporta o público. 

CRM

Um sistema de gestão de clientes também é essencial para ter uma base de dados com os registros dos consumidores, seus hábitos de consumo, além de canais de entrada.

Esse tipo de sistema ainda permite a integração com informações financeiras, para saber qual o ticket médio das compras, por exemplo. Com isso, é possível pensar em meios de ampliar as receitas com a retenção e atração de novos clientes.

Vale a pena aplicar o data driven marketing?

O data driven marketing agiliza o processo de tomada de decisão, além de dar mais precisão às campanhas. Portanto, é sem dúvida um grande aliado para as empresas que buscam crescer e expandir a sua operação. 

Apesar de parecer muito complexo de início, ao começar a aplicar esse conceito ainda no início de um negócio, fica muito mais fácil se adaptar à medida que ele cresce.

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