A Matriz GE é uma ferramenta que otimiza as possibilidades de investimentos, então, para empresas que são fragmentadas em unidade, ela é uma importante aliada.
A Matriz GE é uma ferramenta que ajuda as empresas a compreenderem melhor seus portfólios, bem como entender possíveis ações quanto aos investimentos. Logo, conhecer seus objetivos e como administrá-la é crucial para o bom andamento de um negócio.
O que é Matriz GE?
Desenvolvida pela McKinsey, a matriz GE é um gráfico de gestão empresarial que simplifica a organização de recursos entre as unidades de um negócio. Com a adoção de uma abordagem sistemática, visa o aumento do retorno sobre o investimento.
A partir do seu uso, a empresa também avalia seu portfólio de negócios de modo mais fácil. Assim, permite que a marca desenvolva ações para o seu crescimento. Isso, a saber, se dá pela inovação em produtos ou serviços.
Tal ferramenta permite que os gestores identifiquem quais unidades (matriz ou filiais) merecem investimentos. Ao passo que percebe quais não são tão promissoras. Dessa forma, contemplam as tomadas de decisões de modo mais assertivo.
Funcionamento (quadrantes)
A matriz é um gráfico dividido por eixos e em quatro quadrantes. A princípio, é importante entender os seus dois eixos principais: atratividade, bem como a força competitiva.
O desempenho atual do mercado, assim como as projeções para o futuro a longo prazo, tem relação com a atratividade da unidade. Já a vantagem competitiva se relaciona ao domínio de cada unidade em relação ao nicho, além da sua performance futura.
Todas as unidades passam por uma avaliação e são divididas em graus com base nesses critérios, o que determina seu local dentro da matriz. Desse modo, a análise se volta ao investimento com quadrantes nomeados assim:
- investimento e ou crescimento;
- ganhos pontuais;
- momento de descontinuidade ou colheita
Na sequência, veja em detalhes cada quadrante. A ideia é, antes de tudo, fornecer mais clareza frente às decisões sobre investimentos para as empresas e seus gestores.
Investimento ou crescimento
Tal quadrante lista uma unidade de negócio presente em um mercado promissor, mas que, no entanto, não possui força suficiente frente aos players. Logo, um investimento é crucial.
Essa decisão se apoia no alto potencial de retorno financeiro que ela pode gerar à empresa. Isso de modo a conservar ou aumentar a participação no mercado. Tais recursos são direcionados para setores, como por exemplo, para a gestão de marketing.
Ao realizar o aporte, tal unidade tem chance de se tornar mais competitiva e assim, alcançar uma posição mais sólida no mercado. Como resultado, se espera o aumento real nos lucros da empresa.
Ganhos
O quadrante sobre os ganhos envolve as unidades que estão em mercados graúdos, ao passo que separados. Isso, a saber, requer investimentos para elevar a presença no nicho e tornar o negócio mais competitivo.
Essa decisão, no entanto, exige astúcia por parte da liderança. É preciso avaliar com cuidado as projeções futuras, bem como verificar se há recursos possíveis para tal investimento.
A partir disso, se as análises indicarem um bom retorno, ao passo que os recursos não forem limitados, o investimento pode ser liberado.
Sair ou colher
Agora, quando o cenário indica como relevante a força da unidade, porém, o setor não é tão atrativo, o quadrante indicado é o de “saída”. Isso mostra que a empresa deve sustentar os aportes apenas se o retorno financeiro não for maior que o caixa (despesa) gerado.
Ou seja, há um sinal claro de que a empresa poderá “colher” os lucros. Caso contrário, a matriz GE indica que essas unidades geram prejuízos e assim, devem ser paradas.
Esta é uma decisão difícil, mas é uma escolha sensata para garantir a sustentação financeira da empresa. Nesse sentido, os recursos podem ser direcionados para outras áreas mais rentáveis.
Diferença para a Matriz BCG
Ambas as matrizes são dispostas para avaliar portfólio semelhantes, mas com diferenças visuais e de abrangência. A GE tem nove células que indicam um retrato visual com mais detalhes das unidades de uma empresa, enquanto a BCG possui apenas quatro.
Outro ponto é a dimensão da GE que, a saber, fornece mais métricas de avaliação. Ao contrário da matriz BCG, que se baseia apenas na porcentagem de mercado, bem como na taxa de crescimento.
Como trabalhar com matriz GE?
O trabalho com a Matriz GE (McKinsey) envolve a análise estratégica e depois, requer a listagem das unidades. Ela é usada para avaliar a atuação de cada uma delas em comparação com o mercado.
Para trabalhar com essa matriz, lembre-se que ela é dividida em dois eixos: atratividade, bem como força competitiva. O início do trabalho, a saber, começa pela definição das unidades que serão avaliadas.
Em seguida, cada unidade vai para um quadrante em relação a esses eixos da ferramenta. A seguir, veja em detalhes essas ações para o feitio da matriz.
Liste as unidades do negócio e classifique os produtos
O primeiro passo do trabalho com a matriz é listar todas as unidades que o negócio possui. Em seguida, na segunda fase é preciso classificar cada uma delas. A dica para ajudar nessa fase é organizá-las em ordem crescente de recursos utilizados.
Isso, a saber, ajuda a identificar o que, de fato, é vital para a análise. Os critérios dessa avaliação partem da:
- rentabilidade;
- força de mercado;
- taxa de crescimento.
Dessa forma, fica mais clara a avaliação quanto à atração e a vantagem competitiva de cada unidade. Assim, as decisões estratégicas tornam-se mais embasadas.
Aloque as unidades na matriz e decida onde investir ou vender
No terceiro passo da criação da matriz, ocorre a análise individual das unidades e portanto, há o encaixe da cada uma delas em um dos quadrantes. Esse trabalho leva em conta os elementos mencionados acima.
A depender do quadrante atribuído a cada unidade, há a decisão de aumentar, manter ou diminuir os investimentos. Esse, a saber, é o objetivo da matriz, que é facilitar a percepção do negócio e priorizar ações para otimização.
Qual é o objetivo da Matriz GE?
Os objetivos da Matriz GE são específicos e incluem, a saber, os fatores que induzem a atratividade e a força competitiva. A atratividade sofre influência do macroambiente, ou seja, a dimensão do mercado e as tendências recentes.
Ao passo que a potência competitiva, por outro lado, tem relação com os elementos internos do negócio, como por exemplo, a relação do cliente. Outros pontos valiosos são a qualidade do produto, logística, gestão de pessoas e tecnologia.
Quais são os benefícios da Matriz GE que maximizam os resultados do seu negócio?
Hoje, a Matriz GE tem mais valor para as organizações por vantagens como a previsão de cenários. Assim, possui amplo uso por grandes empresas. Além disso, conta com benefícios, como:
- atratividade;
- determinação da força de mercado;
- melhor estudo da unidade.
O modelo também facilita a comparação entre as unidades operantes do negócio. Isso porque, realiza a análise em conjunto com os dois únicos critérios. Veja em detalhes as vantagens da matriz.
Atratividade
A atratividade se relaciona com a vantagem sob o investimento, ou seja, sua chance real de retorno. Logo, cada operação é avaliada de modo solo para, dessa forma, definir seu peso dentro da empresa.
Os fatores pertencem a uma escala de 1 a 10, o que indica a mínima ou a máxima atratividade. Em seguida, é preciso multiplicar a pontuação pelo peso de tal fator. Desse modo, é possível avaliar a importância por unidade e assim, tomar decisões estratégicas.
Indicação da força competitiva
Avaliar a potência competitiva do negócio segue um caminho parecido, com fatores como, por exemplo, o crescimento em períodos, assim como a porcentagem de mercado. Tal análise indica qual centro tem mais presença no nicho.
Melhor estudo da unidade
Depois de indicar atratividade e força competitiva, a gestão empresarial consegue alocar o centro analisado de modo estratégico na matriz. Isso significa, a saber, que as decisões sobre cada local serão mais pontuais.
As que obtêm alta pontuação recebem mais recursos, enquanto as de baixa pontuação podem passar pelo processo de descarte. Vale lembrar que o processo tem melhor efeito quando ocorre de forma regular.
Previsão de cenários
Outra vantagem da matriz GE é a maior clareza em relação a previsão de cenários. O que sugere melhor tempo de resposta do gestor em casos de emergência. Como o mercado é instável, é vital considerar cenários futuros.
Mesmo que algo não seja potencial hoje, pode apresentar alta demanda amanhã. Logo, a análise de cenários futuros é crucial para o uso real da matriz.
Por que a Matriz GE é um recurso essencial para o planejamento estratégico?
A Matriz GE ajuda as empresas a otimizarem recursos para investimentos em diferentes unidades de negócios. Por possuir uma abordagem clara, é possível avaliar o portfólio da unidade e assim, captar chances de crescimento.
Com ela, é possível analisar fatores como:
- atratividade do setor;
- crescimento por período;
- oportunidade de marca.
Para tanto, é preciso que cada unidade tenha uma análise de forma individual. A partir do resultado em escala (variável entre 1 a 10), é possível pontuar aquela que possui alto retorno. E assim, alocar recursos para ela.
Ao passo em que as unidades com baixa pontuação sofrem o processo de descarte ou então, recebem menos capital. Outra ação de ajuda da matriz é a análise de cenários futuros.
Isso permite, por sua vez, que a empresa se prepare para possíveis problemas e com isso, gerencie crises e identifique oportunidades de negócios.