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Como o design emocional pode ajudar a sua empresa?
O design emocional é uma estratégia de marketing para que o público se sinta mais atraído e conectado sentimentalmente com os produtos que você pretende vender.
Com o design emocional, os seus potenciais clientes irão criar vínculos afetivos com as suas mercadorias e assim, elas se tornarão mais atraentes. Dessa forma, é importante entender como esse processo ocorre no cérebro do ser humano.
O que é o design emocional?
A teoria do design emocional demonstra como as emoções influenciam na decisão de comprar ou não um produto. Para ser ainda mais preciso, este conceito está ligado ao fato de como as pessoas precisam sentir uma conexão para adquirir um objeto.
Vários estudiosos já se aprofundaram a respeito dessa estratégia, mas o nome que mais se destaca no meio é o de Donald Norman, professor e autor do livro “Design emocional”.
Segundo ele, é necessário que haja uma ligação entre o consumidor e o bem oferecido por uma empresa. Ou seja, para que uma compra seja efetivada é importante que o produto proporcione ao cliente uma série de emoções positivas, como prazer e alegria.
Branding emocional
Outra ideia que é uma ótima opção para se aproximar do seu público e tornar os seus artigos mais atraentes é o branding emocional. Nesse sentido, este método consiste no usar as emoções para criar um maior vínculo entre a marca e o comprador.
Para que isso seja possível, são usadas algumas táticas para que a relação entre os dois se torne mais próxima. Assim, a empresa deixará de ser apenas mais um negócio e será mais humanizado aos olhos do cliente. Uma dessas estratégias usadas é a psicologia das cores.
Psicologia das cores
Essa é uma área de estudo muito importante para que o branding seja bem-sucedido e alcance os melhores resultados. O principal objetivo desse segmento é entender como as cores influenciam e alteram o comportamento humano.
No que se refere ao design emocional, compreender esse conceito e a sua aplicação ajuda a garantir que você seja capaz de escolher as cores mais assertivas. Dessa forma, o seu produto transmitirá a mensagem certa para os seus possíveis clientes.
Emoção X escolha da cor
O momento de escolher as cores de um produto ou para um plano de marketing é uma etapa importante, porque a paleta deve ser selecionada de acordo com os objetivos que a marca deseja alcançar.
Cada cor impacta o cérebro de modo diferente, por exemplo, o vermelho sugere um senso de urgência. Além disso, ele é usado para as situações que precisam de alguma ação do consumidor e também para destacar itens em promoção.
Toda a estratégia de psicologia das cores também traz resultados de marketing digital, onde o verde, por exemplo, é frequentemente aplicado em botões de CTA.
Quantos níveis o design emocional possui?
O autor Donald Norman explica que o design emocional possui 3 diferentes níveis de interação com o cérebro e eles são:
- visceral;
- comportamental;
- reflexivo.
Ao entender como cada um desses níveis funciona, o time de marketing vai conseguir criar um design mais personalizado e que irá alcançar o consumidor de forma mais pessoal. Desse modo, as experiências serão melhor recebidas pelo público.
Visceral
Esse primeiro nível acontece no subconsciente e como o nome já diz, é algo mais visceral. Ou seja, envolve o lado mais instintivo do ser humano.
Seriam aquelas decisões de compra tomadas mais pelo impulso, sem muita reflexão, apenas com as emoções. No geral, são sensações que ocorrem no primeiro contato com o produto.
Alguns exemplos de fatores que são muito usados para estimular o nível visceral são cores brilhantes, chamativas e as imagens com um formato redondo.
Comportamental
O segundo ponto também ocorre no subconsciente, mas funciona de um jeito diferente, porque ele proporciona uma experiência que tem menos a ver com a estética do produto e mais com a sua usabilidade.
As reações que a pessoa terá serão sobre os aspectos práticos do objeto e da satisfação que sentirá ao utilizar o mesmo. Então, o nível comportamental tem a ver com a sensação de controle que o cliente sente.
Reflexivo
Ele também pode ter o nome de superego, já que tem uma ligação direta com a mensagem que a pessoa quer passar para os outros ao ter um determinado bem. Assim, um indivíduo não iria adquirir apenas o objeto em si, mas sim o que ele representa.
Nesta fase do design emocional, o cérebro do ser humano absorve tudo o que acontece ao seu redor e dessa forma, avalia o que as outras pessoas irão pensar sobre aquele bem em particular.
Nível reflexivo e as escolhas
Entre os três níveis, o reflexivo é o mais consciente de todos, porque ele analisa os dados recolhidos nos outros pontos. Além disso, na hora de tomar alguma decisão ele leva em conta alguns fatores, por exemplo:
- boas experiências do passado;
- projeção dos desejos e pensamentos;
- características superficiais.
Caso o usuário tenha tido boas experiências passadas com outro produto semelhante, ou até mesmo tenha alguma conexão emocional, é mais provável que ele compre de novo.
No que se refere à projeção, uma pessoa tende a adquirir algo que represente de alguma forma a sua personalidade ou algo muito desejado. Por fim, a decisão de compra ocorre baseada exclusivamente na opinião de terceiros.
Isso acontece muito na atualidade graças ao uso das redes sociais, onde o público acaba por desejar aquilo que está em alta no momento.
Como aplicar o design emocional na sua empresa?
Existem algumas estratégias para colocar o design emocional em prática na sua empresa para aumentar os lucros, como:
- gerar emoções positivas;
- digital storytelling;
- criar uma experiência de uso.
Estas táticas quando aliadas a outras técnicas de vendas são garantia ter um maior alcance e, além disso, um bom retorno financeiro em seu negócio.
Mais uma vantagem em colocar em prática esse planejamento é o fato de criar uma experiência tão boa que a sua marca irá conseguir fidelizar clientes.
Outra forma de aplicação do design emocional é no marketing digital com o objetivo de tornar a experiência do usuário do site da plataforma mais marcante. Um forte exemplo disso é o programa de automação de e-mail marketing chamado MailChimp.
Quando uma pessoa completa uma tarefa, o macaquinho símbolo da empresa aparece e faz uma comemoração. Assim, a atividade se torna mais divertida e leve.
Saiba qual é o seu público-alvo
Para saber como aplicar o design emocional com sucesso, é importante que você entenda como suprir as necessidades do seu público-alvo e como alcançá-lo. Sem dúvida, a ferramenta mais importante para a realização deste processo são as personas.
Elas são um símbolo de como seria o cliente ideal, quais características ele deveria ter para se sentir atraído por determinado produto ou pela marca.
Com essas informações em mãos, o time de marketing será capaz de elaborar as melhores abordagens para chegar até os compradores em potencial.
Quais são os exemplos de sucesso no uso do design emocional?
Diversas marcas possuem casos de sucesso com a aplicação do design emocional, como a MINI. Donald Norman mesmo costuma usar este exemplo durante as suas palestras e apresentações.
Ele fala sobre como o Mini Cooper é um veículo com bastantes falhas e defeitos, mas, ainda assim, muito popular. O motivo para esta fama seria o design divertido e com cores atraentes. Dessa forma, toda a experiência ao dirigir o carro supera os pontos negativos.
Assim como a MINI, existem outras empresas que souberam como criar produtos marcantes que muitas vezes atravessaram gerações e mesmo hoje continuam em alta.
O famoso fusca
Originalmente fabricado na Alemanha, esse é um dos maiores exemplos de como o design emocional é capaz de tornar um produto mais desejável. Mesmo após décadas desde o lançamento do primeiro modelo.
Não é raro encontrar fãs do veículo ao redor do mundo que se reúnem e fazem encontros para trocar figurinhas. Nesse sentido, o design dele é um dos motivos para que muitos criem uma conexão sentimental.
Os seus faróis parecem olhos e junto com o capô parece que ele está sempre com um sorriso gentil que atrai, bem como cativa o público.
Apple e os seus produtos de sucesso
Outra empresa que tem muito sucesso ao criar objetos que se tornam desejo de consumo de muitos é a Apple. Historicamente, os produtos da marca sempre vendem em grande número mesmo com um preço mais elevado do que os das concorrentes.
Alguns motivos colaboram para esta situação, é claro que a qualidade indiscutível das mercadorias é um deles. No entanto, existem outras razões, por exemplo, toda a experiência que eles proporcionam ao cliente através de embalagens especiais.
Isso não é um fenômeno da atualidade, mas há muitos anos a Apple já mostra como criar produtos que tenham um grande apelo e atinjam o público no nível reflexivo, já que para muitos ter as mercadorias da marca tem um significado de status social.
Como o design emocional influencia no ciclo de vida dos objetos?
O design emocional, além de oferecer muitas vantagens financeiras para as empresas, também é de ajuda para o meio ambiente. Afinal, a partir do momento em que as pessoas estabelecem ligações sentimentais com um bem, não irão descartá-lo fácil.
As máquinas de escrever, por exemplo, mostram como um produto pode ser mantido por perto apenas em nome das boas lembranças. Muitas pessoas nos dias de hoje mantém em suas casas um modelo mesmo que não funcione mais.
Preocupação com a sustentabilidade
Cada vez há um maior estímulo ao consumo desenfreado, o que leva os consumidores a querer comprar novos itens mesmo que os seus antigos funcionem normalmente. Isso ocorre porque o público não criou nenhuma relação afetiva.
Ao investir em criar um design emocional para os seus produtos, você irá contribuir para um maior ciclo de vida dos objetos e como consequência, incentivar a sustentabilidade.