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Publicidade enganosa: como as falsas propagandas geram prejuízos para a marca?

A publicidade enganosa pode induzir os consumidores a cometerem erros na hora de fazerem as suas compras, por isso, é fundamental saber a melhor forma de evitá-la.

No mundo da propaganda, a publicidade enganosa precisa de uma maior atenção e cuidado. Pois, um dos principais objetivos do marketing é vender sonhos para atrair os clientes. Afinal, é uma forma de atingir as necessidades deles para fechar mais vendas.

O que é a publicidade enganosa?

A publicidade enganosa se define como uma forma de crime ou uma má conduta para publicar anúncios fakes. Portanto, ocorre de modo intencional quando uma marca divulga a falsa venda de seus produtos ou serviços para os seus consumidores.

Já as principais informações apontam uma realidade ilusória para o seu público-alvo. Ou seja, usam mensagens incorretas para fazer a audiência comprar um certo item. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a prática da propaganda dissimulada é proibida.

O Código não limita a definição de propaganda enganosa às publicidades que omitem ou mentem sobre os seus produtos. Mas, vai impedir que as marcas levem o consumidor a cometer mais erros por meio de mensagens e promessas de vendas falsas. 

Caso os anúncios prometam um número superior de vendas, é possível considerá-los como ilusórios. No entanto, também ocorre quando há preços e formas de pagamento diferentes do que a empresa comunica. Entretanto, isso é um ato criminoso.

O que difere da publicidade abusiva?

A publicidade abusiva se difere da enganosa por tratar de questões éticas e morais. Ou seja, são propagandas que ofendem os direitos humanos, além de apresentar questões que podem trazer danos para as empresas. No entanto, é um anúncio que traz sérios prejuízos.

É importante analisar as campanhas antes de lançá-las, pois nenhuma marca vai querer prejudicar a sua imagem. Com isso, são anúncios que apresentam discriminações, incitam a violência e o medo das pessoas, além de trazer mensagens desrespeitosas e prejudiciais.

Quais são os tipos de publicidade enganosa?

A publicidade enganosa se divide em vários tipos diferentes como parcialmente falsa, exagerada e omissiva. Dessa forma, as informações que não são verdadeiras costumam ser sobre os principais detalhes de um produto ou serviço. 

Está no artigo 37 do CDC e eles se dividem em:

  • publicidade enganosa comissiva;
  • omissiva;
  • parcialmente falsa;
  • inteiramente falsa;
  • exagerada.

Como visto, a publicidade falsa mostra os seus bens e serviços como algo que eles não são. Ou seja, é uma ideia mentirosa transmitida para as pessoas sobre a sua real função. Na grande maioria das vezes, esses anúncios circulam de forma proposital.

Esse tipo de propaganda leva o consumidor a escolher errado no processo de decisão de compra. Afinal, as marcas prometem algo que na realidade não vai cumprir, por isso, entra na categorias de crimes contra o consumidor. É importante estar atento com as linguagens.

propagandas sendo exibidas em um telão da cidade
O consumidor está cercado de anúncios, logo, é preciso ter atenção com a publicidade enganosa. Imagem de Marcus Herzberg no Pexels.

Publicidade enganosa comissiva

Esse tipo de publicidade é responsável por incitar o consumidor a cometer erros. Logo, a marca afirma, de forma parcial ou total, sobre os falsos dados dos produtos ou serviços. Por exemplo, ocorre quando a empresa divulga um relógio à prova d’água que, de fato, não é.

Enganosa omissiva

Neste caso, a publicidade se refere à omissão de dados, o que resulta em uma compra enganosa. Portanto, é uma forma de destacar um dano moral que foi causado pela empresa. Assim, é quando um alimento tem um item não informado em seu rótulo.

Publicidade enganosa parcialmente falsa

A publicidade aqui oferece algumas informações que são parcialmente falsas. Ou seja, destaca alguns detalhes errados sobre os seus produtos ou serviços. Da mesma forma, é capaz de induzir o cliente ao erro, como anunciar os itens que têm características de outros.

Enganosa inteiramente falsa

Neste caso, a publicidade traz informações totalmente mentirosas sobre os seus produtos ou serviços. Ou seja, as empresas divulgam dados contrários sobre a realidade dos seus itens. Por exemplo, um creme antirrugas que não traz nenhum efeito nesse sentido.

Publicidade exagerada

A publicidade pode ser considerada como exagerada quando há um aumento irreal das suas informações. Com isso, é responsável por induzir o consumidor a cometer erros por causa dos seus exageros em uma divulgação. Enfim, traz sérios danos para os clientes.

Observe as aparências

Apesar de tudo, é preciso observar alguns fatores importantes como nem sempre a publicidade vai ser enganosa. Não é possível classificar algo como falso só por apelar para o exagero ou a persuasão. Assim, esse tipo de excesso se define como um “puffing”.

O que a legislação brasileira diz sobre a publicidade enganosa?

Dentro do Código de Defesa do Consumidor, é possível ver quais são as principais regras sobre a publicidade enganosa. Porém, é muito comum os casos de falsas propagandas no Brasil, apesar de ser uma prática nociva para a segmentação do mercado.

Saiba que dentro do artigo 35 do CDC, há as principais obrigações que as marcas precisam seguir. Afinal, é essencial priorizar as escolhas dos consumidores e valorizar o seu bem-estar para desenvolver o marketing para as empresas. Veja o que está nesse artigo:

  • é obrigatório trazer as verdadeiras informações de ofertas e publicidade;
  • o consumidor tem direito de aceitar os produtos e os serviços equivalentes;
  • permissão para rescindir o contrato;
  • direito à restituição do valor das perdas e dos danos.

Embora haja casos de desinformações sobre os produtos, as empresas podem sugerir penas graves. Enfim, além das marcas, a agência contratada pode sofrer punições sobre os danos. Por isso, há o CONAR, o órgão responsável por atender todas essas reclamações.

CONAR

O CONAR é a sigla do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. Assim, a sua principal função é regular as ações publicitárias, além de indicar o que pode ou não ser apresentado. Para quem trabalha no setor de publicidade, é fundamental saber sobre ele.

Define-se como uma organização sem fins lucrativos da sociedade civil. Portanto, é uma forma de ver a publicidade no Brasil por meio de condutas e princípios éticos. A sua existência é responsável pelo crescimento do mercado publicitário por meio do controle.

pessoas em uma mesa de trabalho
As marcas precisam estar de acordo com a legislação brasileira sobre a publicidade enganosa. Imagem de Mikael Blomkvist no Pexels.

Quais as práticas essenciais para evitar a publicidade enganosa?

É essencial saber como desenvolver práticas para evitar a publicidade enganosa por meio de várias dicas. As empresas precisam estar atentas com os riscos e danos que podem gerar sérios problemas para a imagem da marca. 

Veja seis sugestões que podem ajudar:

  • preste atenção às regras do CONAR;
  • capacite toda a sua equipe;
  • faça sempre a revisão do conteúdo;
  • inclua vários departamentos no processo de aprovação;
  • monitore a resposta do público;
  • invista na inovação e criatividade.

O mais importante é ter anúncios de sucesso e sem riscos, pois evita trazer problemas para a empresa. É necessário capacitar e treinar a sua equipe de vendas e publicidade para obter os melhores resultados para a marca e também para o público.

Importância de seguir as práticas

É preciso estar atento com as regras do CONAR, pois o órgão aponta as principais regras publicitárias. Depois, é essencial investir em uma equipe preparada para atender a todos os requisitos. Acima de tudo, é essencial revisar todo o seu conteúdo.

Mais do que tudo, é preciso ter uma pessoa responsável por tomar conta dessas normas. Afinal, abre a possibilidade de incluir vários setores dentro do departamento. Dessa forma, há como monitorar os resultados do seu público, logo, é necessário investir em novidades.

Cultura de inovação

A solução para qualquer empresa é buscar ter mais criatividade em suas campanhas de marketing. Por isso, é essencial ter uma cultura de inovação para estimular as pessoas a buscarem a sua marca. Enfim, quem inova, não precisa enganar. 

O que o consumidor pode fazer em relação a publicidade enganosa?

Os consumidores que sofrerem danos por causa da publicidade enganosa devem buscar algumas medidas. Ou seja, é necessário ir atrás dos órgãos competentes como o Ministério Público ou o Programa de Defesa do Consumidor (Procon) da sua cidade.

Ainda, o CONAR consegue atender as reclamações dos clientes e entrar com medidas sérias nas empresas. Pois, é importante lembrar que esse tipo de publicidade pode sofrer graves penas com indenizações ou até mesmo, pode ocorrer a reclusão do seu infrator.

Como a publicidade é responsável por atender e influenciar os principais hábitos do consumidor, é preciso prestar sempre atenção para evitar cair em anúncios tendenciosos. Ou até mesmo, compras precipitadas que podem gerar alguns erros de uso.

Para as marcas, é importante lembrar que propagandas enganosas contribuem com a ruína de um negócio. Já que, o cliente perde a confiança e depois fica difícil conseguir reconquistá-lo. Mais do que isso, a marca precisa ter um bom planejamento estratégico.

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É importante prestar atenção no anúncio de uma publicidade enganosa. Imagem de Ivan Samkov no Pexels.

O que é o Procon?

O Procon se refere à Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor. Assim, é uma instituição responsável por proteger, orientar e defender o cidadão comum. Dessa maneira, o seu principal objetivo é informar ao público sobre todos os seus direitos.

A sua posição dentro do sistema jurídico brasileiro é servir como auxílio para o Poder Judiciário. Com isso, consegue solucionar as principais questões entre os clientes e as empresas. Em conclusão, há vários Procons a nível estadual e municipal dentro do Brasil.

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